Foi criada na mesma cidade em que nasceu por sua família, que por serem musicos, sempre a incentivou a arte.
Nathally Amariá foi uma criança que amava ler e começou a escrever poemas aos 11 anos.
Em 2012 terminou o ensino médio e se formou em professora no Instituto de Educação Professora Ismar Gomes de Azevedo, onde fez o curso normal.
Atualmente, Nathally Amariá mora em Cabo frio, estuda teatro e dramaturgia no Teatro Municipal de Cabo Frio; escreve textos, poesias e peças. Atualmente é professora e leciona em escola pública.
DO OUTRO LADO DA RUA
(texto de Nathally Amariá inspirado no conto “Homem que bebe sozinho” de Eduardo Galeano)
Personagens:
Edgar: Homem de uns 30 anos, sozinho, deprimido, estranho e observador.
Garçonete: Mulher de uns 20 anos, e que também é stripper. E vive mastigando chiclete.
Barman.
5 homens assassinos.
5 Dançarinas/Strippers.
A mulher dos peitos.
Figurantes.
Cenário 1 - Lanchonete: Um lugar claro, um balcão de frente pra porta de entrada, 3 mesas do lado direito e 3 do lado esquerdo, sobre as mesas uma toalha de mesa quadriculada.
Cenário 2 - Casa de Stripper: Um lugar com poucas luzes avermelhadas e outras azuis. Do lado direito da porta de entrada há um balcão onde o barman fica, e de frente para o balcão há um palco onde as sitrppers/dançarinas se apresentam. Há mesas redondas e cadeiras pela casa.
Cena 1
Edgar volta do trabalho e entra em uma lanchonete. Assim que se senta, uma garçonete vem anotar seu pedido.
Garçonete: Boa noite, qual é seu pedido?
Edgar: Quero um copo de leite.
Garçonete: Ok. Mais o que?
Edgar: Só isso.
(Garçonete sai em direção ao balcão, e antes que ela chegue Edgar a chama).
Edgar: Ei garçonete, por favor. Você sabe me dizer que lugar é esse aí na frente?
Garçonete: É uma casa de stripper. Por que? O senhor está interessado? (se insinua pra ele) Eu trabalho lá nos fins de semana. Toma meu cartão. (Ela tira um cartão de dentro do decote)
(Garçonete volta para o balcão, e Edgar fica desconcertado).
(Garçonete volta com o leite dele e sorri para ele).
(Edgar começa a tomar seu leite e observa tudo em sua volta. As outras pessoas na lanchonete, a garçonete quem também é stripper fazendo bola com o chiclete e do outro lado da rua a casa de stripper que chama muito sua atenção).
Cena 2
(Na casa de stripper há 5 mulheres no palco fazendo uma apresentação de burlesque, ficando seminuas e recebendo dinheiro de homens abjetos).
(Edgar entra na casa de stripper e senta no canto, perto do bar. Acende um charuto e fala com o barman).
Edgar: Por favor, eu quero um copo de leite.
Barman: (debochando) Você tem quantos anos? (risos) Leite? Você está brincando comigo né?
(Nesse momento entram na casa 5 homens com capuz atirando para todos os lados). (Gritos)
Blackout
Epílogo
(Edgar continua sentado em seu lugar e vê tudo quebrado, pessoas mortas e muito sangue).
(Edgar levanta, dá a volta no balcão e começa a falar).
Edgar: Mas que porra! Você não pode nem mais tomar um copo de leite nessa cidade sem antes tomar a porra de um tiro?
(Edgar pega a caixa de leite e vira em sua boca tomando-o desesperadamente, começa a andar pelo salão e sente uma fisgada no coração. Ele coloca a mão e a olha, sua mão está pintada com sangue).
Edgar: (rindo) Puta que pariu, puta que pariu, estou morto. (gargalhando)Sou um homem de sorte mesmo, morri tomando leite, fumando meu charuto e vendo peitos.
(Edgar cai sobre os peitos de uma mulher e enfim morre).
Fim
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